2º Ano do Ensino Médio

Postagem em: 18/10/2011
 
Segue material complementar conforme mencionado anteriormente.
 
Abaixo, slides das aulas sobre cidadania e violência.
 
ÉTICA E CIDADANIA
AGRESSIVIDADE E VIOLÊNCIA
Antes de entrar no debate propriamente dito, é importante diferenciar agressividade de violência. Entende-se a agressividade sob os aspectos positivo e negativo. A agressividade positiva traduz-se em forma de sobrevivência do ser humano, pela qual alguns instintos se manifestam na comunicação.
Nos primeiros anos de vida, o homem encontra-se limitado na maneira de comunicar-se, sendo-lhe instrumentos naturais para isso reações baseadas em gritos, chutes, socos e birras. Nesse caso, a agressividade se traduz em forma de autopreservação e relação com o mundo.
Para a agressividade negativa concorrem as influências do meio social e da aprendizagem, ou seja, responder agressivamente às situações após a aquisição da fala significa ter havido aprendizagem baseada na observação de atos agressivos. Assim, há uma continuidade desse comportamento na socialização de indivíduos que aprenderam a ser agressivos, mantendo uma “disposição para agredir” na ocorrência de frustrações ou insatisfações (MICHAELIS.2001, p. 31).
Concebe-se a violência como imposição de alguma força contra alguém, utilizando o poder de ameaça, intimidação, negligência, opressão, abuso físico, sexual e psicológico. Exatamente como Sérgio Pinheiro e Guilherme Almeida comentam em seu livro Violência urbana sobre a definição da OMS (Organização Mundial da Saúde)... violência é “o uso intencional da força física ou do poder, real ou potencial, contra si próprio, contra outras pessoas ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação”.PINHEIRO; ALMEIDA. 2003, p. 16.
Isso não significa que em todas as situações de violência intencional haja vontade de machucar ou matar, ou seja, usar a violência não significa que se queira destruir o agredido, mas sim uma manifestação comunicativa.
Dessa forma, ao refletir sobre o significado da agressividade negativa, pode-se aproximá-lo do conceito da violência sem a intenção de lesar o outro. Entende-se, portanto, que os dois conceitos se unificam, demonstrando a socialização dos indivíduos num ambiente que oferece a violência ou agressividade negativa como forma de se relacionar.
Podem-se atribuir outros significados para violência, além da agressão física. Mais adiante, coação, opressão, injustiças, cerceamento da liberdade e discriminação aparecem como modos de violentar ou ser violentado.
As diferentes maneiras como a violência se expressa às vezes resultam no crescimento de crimes e de uma cultura que a reconhece dentro da normalidade

Atividade
Recorte de jornais manchetes e trechos de notícia que mostram a violência na cidade e cole em seu caderno. Com o professor e os colegas, comente o assunto da sua colagem.
 SOCIALIZAÇÃO E VIOLÊNCIA
Na sociologia costuma-se afirmar que a experiência do indivíduo constitui sua forma de compreender e agir na vida. Isso resulta do meio em que ele vive, da aprendizagem obtida, das relações mantidas, dos recursos de que dispõe, etc. Indivíduos com mais de 50 anos de idade, por exemplo, surpreendem-se ao observar a facilidade com que muitas crianças e adolescentes manuseiam equipamentos eletrônicos, já que têm à disposição televisores com controle remoto, computadores, videogames, celulares e aparelhos de MP3. Além disso, vivenciam relações familiares com diversidade de papéis sociais, em que pais e filhos assumem responsabilidades domésticas e de trabalho. A realidade social da criança de hoje é bem diferente da de 1960. Submetida a experiências versáteis aquela possui desenvolvimento cognitivo muito mais favorável às mudanças rápidas e à execução de várias atividades ao mesmo tempo.
As influências do meio social são marcantes na construção do comportamento humano.
            Alguns exemplos de violência escolares, possibilita que os cientistas sociais expliquem os fenômenos relativos à sociedade, nesse caso, de agressividade e violência. É perceptível, portanto, que o meio social é fundamental para interpretar o comportamento humano. Vale lembrar que a sociologia não se refere a um caso específico, mas a acontecimentos que se repetem numa coletividade, caracterizando um fato social.
Com base em concepções do senso comum, meninos são mais agressivos e meninas, mais dóceis. Hoje, em certas situações, presencia-se também o contrário... Por quê?
Porque estamos em outro momento da história. A educação de meninos e meninas não é mais a mesma de uma ou duas gerações atrás, em que se priorizavam comportamentos recatados para as moças e posturas mais ousadas para os rapazes. São comuns adolescentes dos dois sexos gritando, usando expressões chulas, brigando nas ruas, encarando esportes de alto risco e tantos outros desafios que a sociedade oferece. Desse modo, afirmar que apenas os genes condicionam o comportamento humano não é suficiente para as ciências sociais.
          Acredita-se que, além da composição biológica, o homem recebe influências externas que lhe mostram o que seja certo e errado, bom e ruim, adequado e inadequado...
Agressividade é uma característica relativa ao instinto de sobrevivência no ser humano, isto é, ela serve de defesa ou resposta a ansiedades e frustrações vivenciadas. Esse tema a psicologia explica muito bem. Já no campo da sociologia, a expressão da agressividade associa-se às relações de sociabilidade. Vivemos num ambiente que apresenta comportamentos agressivos e violentos, conforme citação a seguir.
... os guardiões uniformizados da paz matam estudantes; policiais são mortos por assaltantes armados; operários e pacifistas lutam nas ruas; líderes políticos são assassinados; homens e mulheres que trabalham por seus direitos civis são surrados e mortos; os habitantes dos centros urbanos revoltam-se e queimam suas próprias cidades; terroristas matam por motivos políticos; assassinos e estupradores andam pelas ruas escuras; carcereiros e inquisidores excedem-se no exercício de suas funções; e mesmo no interior de casas de família, crianças espancadas morrem de ferimentos inexplicados.
MONTAGU. 1978, p. 13.
Casos como esses propiciam a formação de uma identidade social, demonstrando que fazer parte de uma sociedade tem como componente a manutenção da ordem ou a resistência a ela. Ao mesmo tempo em que há uma estrutura pronta para conter as desavenças, registra-se rompimento das regras com vistas a inserir-se socialmente, ou seja, o fato de uma parcela da população usar a força para alertar sobre suas necessidades significa que os indivíduos querem ser notados pela infração cometida. Igualmente, os responsáveis pela segurança social empregam a força para conter os abusos e manter as regras criadas pela sociedade.
A complexidade urbana, resultante do crescimento populacional, desenvolvimento industrial e avanço tecnológico, modificaram as relações humanas, implantando meios de controle social sobre o comportamento dos indivíduos, a fim de evitar o estabelecimento do caos. O convívio de pessoas e comunidades migradas de diferentes culturas promove certo atrito nos primeiros contatos, exigindo definir uma norma única que regule a convivência. É como se houvesse a necessidade de homogeneizar o comportamento para reinar a harmonia. Não é exatamente essa a realidade. O fato de conjugar diferentes culturas levou a sociedade moderna a desenvolver políticas que contemplem a diversidade entre indivíduos e comunidades, favorecendo, dentro de norma única (pode-se situar aqui a constituição), a liberdade própria de cada grupo social.
Contradição visível: o aumento da liberdade de expressão desses grupos se choca exatamente com o princípio democrático de que todos têm o direito de se manifestar e ver seus direitos atendidos. Em nossa sociedade, constantemente, movimentos sociais se manifestam exigindo sua inserção social e, ao mesmo tempo, outros grupos e cidadãos se posicionam contrariamente à diversidade social, acreditando que a solução para os conflitos sociais está na homogeneização. Sabe-se que esta não contempla condições dignas de sobrevivência para todos, inevitavelmente surgindo as desigualdades sociais. Também se constata o fato de alguns indivíduos se destacarem na sociedade, pela realização de seus sonhos e desejos, e outros se beneficiarem do rompimento de normas instituídas para todos os cidadãos.
Temos de concordar: essa realidade pode suscitar em alguns um comportamento agressivo. Nesse cenário ainda se destacam o exercício arbitrário e o uso indevido de recursos públicos por parte de autoridades, teoricamente responsáveis pela administração da sociedade.
Outro fator é a competitividade, que promove comportamentos agressivos. Em outras palavras: a sociedade instiga comportamentos agressivos, que são adequados às relações de competição. Mesmo que haja inserção social, política, cultural e econômica, o indivíduo precisa ser competitivo para não ser excluído do sistema e, muito menos, incluir novas pessoas na competição.               

Atividades
Qual é a diferença entre agressividade positiva e violência? Apresente exemplo de cada situação.
...uma criança cujo comportamento agressivo é recompensado por vencer, [...] ou pela aprovação dos adultos, ou por qualquer tipo de melhora de sua posição — será possivelmente uma criança mais agressiva do que aquela cujo comportamento agressivo é desencorajado por constantes derrotas ou pela desaprovação.
MONTAGU. 1978, p. 24.
As causas da violência estão, é verdade, associadas a problemas como miséria, fome, desemprego. No entanto [...] é um equívoco negligenciar as políticas de segurança pública e repressão à criminalidade em prol de uma ação sobre as causas. Por um lado, nem todos os tipos de criminalidade derivam das condições econômicas e, por outro, mesmo os sintomas precisam ser combatidos, pois eles também “matam o doente”. Além disso, como argumenta Soares, não é possível esperar de braços cruzados a solução de todos os problemas socioeconômicos para se ter segurança. “Temos de conceber, divulgar, defender e implantar uma política de segurança pública, sem prejuízo da preservação de nossos compromissos históricos com a defesa de políticas econômico-sociais. Os dois não são contraditórios”, diz em entrevista ao LaInsignia.
Disponível em: Acesso em: 8 nov. 2008.
            Assim, explicar tal fenômeno social não implica encontrar um culpado por ele, mas identificar qual conjugação de fatores o produz. Aqui constam algumas explicações para a violência na sociedade atual, inclusive para sua disseminação quase igualitária em todas as classes.
Atividades
1. Qual é a diferença entre agressividade positiva e a violência? Apresente exemplo de cada situação.
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2. De acordo os textos e os assuntos discutidos em aulas, podemos verificar que a violência é uma forma de:
  • Unir o grupo;
  • Indignar-se com a desigualdade social;
  • Competir na sociedade capitalista.
Explique cada item demonstrando o uso da violência como forma de socialização.
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3. Pode-se afirmar que a violência atinge todos os segmentos de nossa sociedade? Comente esse assunto.
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...Socializando idéias
          Tabatinga (AM) – A mistura explosiva de cocaína, álcool e falta de trabalho está provocando uma rápida deterioração da vida e dos costumes em uma área indígena na cidade amazonense de Tabatinga e levando dezenas de índios ao suicídio. A avaliação é do cacique Manoel Nery Tikuna, que chefia a aldeia Umariaçu 2.
          De 2001 para cá, segundo ele, mais de 40 jovens se mataram na aldeia, que abriga 3.640 índios da etnia Tikuna, às margens do Rio Solimões. O número de suicídios foi maior entre 2001 e 2004, quando 36 índios se mataram, de acordo com o cacique, e depois parou até 2006. Mas novos casos voltaram a acontecer em 2007, com duas mortes, e outras duas em fevereiro deste ano, segundo Manoel Nery.
“Isso é uma coisa que entristeceu a comunidade, porque a juventude está nesse caminho”, comenta o líder tikuna, em entrevista à Agência Brasil e à TV Brasil. “Essa droga nós não conhecíamos. Chamam de papeleta.      Eles têm desejo e compram. Vendem enrolado em um papel e eles usam. É cocaína.”
Mas o número de mortes por suicídio varia segundo outras fontes ouvidas. Para o administrador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Tabatinga, Davi Félix Cecílio, as mortes por esta causa em Umariaçu 2 foram 16 no ano passado.
          Já a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) não registrou nenhuma morte por suicídio na mesma aldeia em 2007, mas contou 19 suicídios em toda a região do Alto Solimões, o que representa um brutal aumento em relação aos anos anteriores. Segundo a Funasa, em 2003 houve seis suicídios; em 2004, dois; em 2005, seis; e em 2006, cinco.
          Para o administrador da Funai, existe uma relação entre o consumo de álcool e cocaína e a morte dos jovens indígenas. “Ele cheira, toma, come e aí se suicida. Você não segura essas pessoas, ficam muito rebeldes, violentas, agressivas, transtornadas”, relata Cecílio. Segundo ele, é feita uma mistura de cachaça, coca-cola e cocaína, que depois é ingerida.
          A droga que pode estar contribuindo para o aumento dos suicídios é facilmente encontrada na cidade de Tabatinga, que forma com a colombiana Letícia um dos maiores corredores de tráfico no continente. Segundo o cacique, chega à aldeia por pessoas da cidade: “Tem um cidadão em Tabatinga que vende para um Tikuna, que traz aqui”.
          Ele diz que sabe quem são as pessoas envolvidas, mas tem medo de represálias. “Eu como cacique tenho medo de informar. Porque não tenho segurança. Depois se acontece algo para o meu lado, ninguém toma providência. Quando a gente leva ao conhecimento dos policiais, civis, militares e federais, ninguém quer tomar providência. Esse é o medo que a gente tem”, relata.
Segundo o cacique tikuna, um em cada cinco jovens da aldeia usa drogas e isso está modificando as relações familiares e comunitárias: “Não tem mais horário para os nossos filhos voltarem para casa. Saem de tarde e 1 hora, 2 horas da madrugada ainda estão aqui na rua.”
          Uma dessas noites foi fatal para um adolescente de Umariaçu 2 em 2007, embora o seu caso não esteja contabilizado pela Funasa. O jovem Roberto Bento Angelo Filho se enforcou em 11 de novembro, em uma árvore no quintal de sua casa, aos 14 anos. Ele não deixou nenhum bilhete e nem disse o motivo.
          Para o pai, que deu o próprio nome ao filho, é difícil entender o que aconteceu, pois o adolescente não usava drogas. “Ele saiu e não voltou à noite”, conta. “Olhei pela janela e ele não estava na rua. Esperei até o amanhecer. Às 5 da manhã olhei atrás da casa e ele estava morto. Amarrou uma corda no pescoço e se matou. Por tristeza.”

http://www.obrasileirinho.com.br/drogas-fazem-jovens-indigenas-se-matarem-diz-cacique/ - Acesso em 15/08/2011.

Atividades
1. De que forma a ausência de políticas públicas favorece o alastramento das drogas na sociedade?
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2. Realize pesquisas sobre a ONU, ONGS, Direitos Humanos e políticas públicas relacionando-as com a construção da cidadania. Analise de que maneira através desses meios pode-se (ou não) “garantir” a consolidação da cidadania no contexto da sociedade contemporânea. Elabore um texto com análise crítica com no mínimo 20 linhas para entregar em aula.

Referências bibliográficas
BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco, Dicionário de Política. 5. Ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1993. Verbete: Violência
DALLARI, Dalmo de Abreu. Direitos humanos e cidadania. São Paulo: Moderna, 1998.
GIDDENS, Anthony. Sociologia. 4. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.
Apostila Dom Bosco Sociologia 2M3.
Material Organizado por Robson Antinhani.

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Postagem em: 25/09/2011.

Gente bonita, gente inteligente!

Seguem slides da apresentação da última aula de sociologia, referente a Cidadania.

Beijo carinhoso à todos.























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Postagem em: 25/09/2011

Caros, segue atividades realizadas em aula em nosso talk show sobre Neocolonialismo e Primeira Guerra Mundial.

Em caso de dúvidas, entrem em contato.

Grande abraço.

ATIVIDADES AVALIATIVAS – NEOCOLONIALISMO E PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
2º Ano do ensino médio
Disciplina: História
Professor : Robson Antinhani
Atividades desenvolvidas em aula junto aos alunos em Talk Show.
1. Sobre as relações européias a partir da Unificação da Alemanha em relação ao Imperialismo responda: Quais as principais nações que tiveram suas relações ameaçadas e quais acordos políticos ou econômicos que essas nações firmaram para combater a Alemanha?
R. França e Inglaterra. Tríplice Entente.
 2. No século XIX houve a consolidação da produção industrial, com a implantação da indústria de base. Responda: Qual a relação entre a indústria bélica com a Paz Armada?
R. Os investimentos na indústria bélica permitiram posições vantajosas na conquista de territórios e na defesa de interesses estratégicos, o que motivou a corrida armamentista conhecida como Paz Armada.
 3. Entre 1914 e 1918 a Europa e alguns países de outros continentes estiveram envolvidos na Primeira Guerra Mundial. A respeito desse evento, que teve profundas repercursões nas décadas posteriores, explique o que foram as “guerras de movimentos” e a “guerra das trincheiras”.
R. A guerra de movimentos marcou os meses iniciais do conflito, correspondendo ao rápido avanço das tropas, em especial alemãs sobre a França. A guerra das trincheiras foi marcada pelo imobilismo, Com as tropas estacionadas nas trincheiras e poucas conquistas territoriais.
 4. Segundo o historiador Eric Hobsbawn, o século XX inaugurou o período das “guerras totais”, ou seja, aquelas que vão além dos limites do campo de batalha, e invadem lares, cotidiano, vida por inteiro das pessoas. Sobre a 1ª Guerra Mundial, qual foi o fator fundamental para que ela estourasse?
R. Estopim da 1ª Guerra Mundial foi o assassinato do herdeiro da coroa austro-húngara, Francisco Ferdinando, em Sarayevo em 1915.
5. Qual dos fatos a seguir não está diretamente relacionado às tensões que levaram à 1ª Guerra Mundial?
a)     Movimentos nacionalistas eslavos insurgentes no interior do império austro-húngaro, com apoio do governo sérvio.
b)   Rivalidade Inglaterra e França, que visavam ao controle do transporte terrestre entre Ocidente e Oriente, pois ambos os governos visavam à construção de uma ferrovia até Bagdá.
c)     Rivalidades entre Inglaterra e Alemanha, dentro da disputa por novos mercados e áreas comerciais.
d)     Intensas disputas entre Alemanha e Rússia pela influência política e econômica sobre os Bálcãs e o Oriente Médio.
e)     A política de alianças, por meio da qual países se uniam em troca de cooperação militar e apoio político-econômico num iminente conflito.Sobre o fim da 1ª Guerra Mundial, mencione como ela ocorreu e quais as conseqüências para a Alemanha.
R. Fim da guerra se deu com intensa e cruel operação militar executada por franceses, ingleses e americanos, forçando a Alemanha a assinar rendição e submeter-se a acordos humilhantes.

6.         Se a Alemanha fosse extinta amanhã, não haveria depois de amanhã um único inglês no mundo que não fosse mais rico do que é. (...) A Inglaterra despertou para o é inevitável. A Alemanha deve ser destruída. (Saturday Review – Londres)
Qual o principal motivo da rivalidade anglo-alemã, tendo em vista o desenvolvimento industrial dos dois países no período.
R. Domínio de mercados consumidores. O acelerado crescimento industrial alemão tornava mercados antes ingleses, diminuindo os lucros da burguesia inglesa e a renda dos trabalhadores.
 7. Um dos motivos que culminou para a luta entre as nações imperialistas foi a necessidade por aumento de matérias primas (As principais buscas eram carvão, ferro e petróleo) e mercados consumidores para atender essas nações industrializadas. Além disso, elas visavam a expansão de mercados consumidores. Responda: Por quais razões elas necessitavam a expansão desse mercado consumidor?
R. As nações industrializadas também necessitavam de mercados consumidores dos excedentes industriais, ou seja, dos produtos não absorvidos pelos europeus e regiões onde pudessem investir capitais, obtendo lucros, tais como, exploração de minas de ferro e exploração do carvão.
 8. Os europeus acreditavam na teoria da superioridade racial do homem branco e em função desse posicionamento afirmavam que era dever deles difundir sua civilização entre os povos atrasados e primitivos. Neste contexto do Neocolonialismo foi realizada por eles a “Missão Civilizatória”. Quais os objetivos práticos e ideológicos dessa Missão realizada pelas nações industrializadas?
R. Ideologicamente ela ocorreria com a justificativa de retirar o “atraso” dos países não industrializados pelos “civilizados”. Na prática isso era apenas uma forma de justificar as ações dos países imperialistas para dominar outras nações.
 9. Explique de que forma ocorreu a participação do Brasil no contexto da Primeira Guerra Mundial.
R. Após navios mercantes brasileiros serem bombardeados por navios alemães, o Brasil decretou estado de guerra contra a Alemanha. Como contribuição o Brasil enviou equipes médicas que atuaram na França e a esquadra naval brasileira não chegou a atuar pois quase toda ela morreu na travessa do Atlântico com gripe espanhola.
10. A política das alianças foi criada com o objetivo de oferecer mútua proteção aos países envolvidos, ou seja, se um país fosse atacado, todos que compunham a aliança o auxiliariam. Responda: De que maneira a política das Alianças colaborou para o início da Primeira Guerra e quais as alianças se formaram nesse confronto? A questão visa para pontuação máxima, inclusive, o nome dos países que compuseram cada aliança e a nomenclatura de cada uma delas.
R. As alianças foram estimuladas por intensas disputas por territórios e por um possível conflito bélico. Tríplice Entente: França, Inglaterra e Rússia e Tríplice Aliança: Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália.
11. Em 1914, a produção de ferro e aço alemães era maior que a da Inglaterra e a França juntas. A indústria química e a produção de instrumentos científicos lideravam a produção mundial. Assim, os alemães passaram a dominar mercados anteriormente pertencentes aos ingleses. Nesse contexto, explique a principal razão que causava rivalidade entre a França e a Alemanha.
R. Caso da região de Alsácia Lorena, rica em ferro e carvão, que a França foi obrigada a entregar para a Alemanha, pela derrota de Guerra Franco-Prussiana, durante o processo de unificação Alemã.
12. O Pan-eslavismo consiste em um movimento ideológico que buscava a união e independência dos povos eslavos do domínio Austro-Húngaro. De que maneira a relação entre a Sérvia e a Rússia influenciou definitivamente para o início da Primeira Guerra Mundial?
R. O nacionalismo eslavo (que deseja a unificação destes povos no sudeste da Europa), liderado pela Sérvia e apoiado pela Rússia foi o estopim do conflito mundial.
 13. O Tratado também visava a restituição da Alsácia-Lorena à França; a cessão de territórios alemães a França, Bélgica, Dinamarca e Polônia; a entrega das colônias africanas para o controle francês e as do Oriente ao Japão; a cessão á França das minas de carvão alemãs; a perda de 1/6 das terras aráveis da Alemanha; a redução do exército; o impedimento de produção bélica. De que tratado estamos falando e quais as conseqüências desse Tratado para a Alemanha e de que forma ele contribuiu como motivador da Segunda Guerra Mundial?
R. Após a guerra, ingleses e franceses forçaram a Alemanha a assinar o Tratado de Versalhes que atribuía a culpa da guerra aos alemães. Alem disso, impunha a Alemanha o pagamento de indenizações a potências vencedoras da guerra. Importante ressaltar que, esse Tratado gerou muita insatisfação ao povo alemão. Houve então, o início de um sentimento de revanchismo que, mais tarde, usado pelo nazismo contribuiria para a explosão da Segunda Guerra Mundial.
14. FUVEST - “O livre-comércio é um bem – como a virtude, a santidade e a retidão – a ser amado, admirado, honrado e firmemente adotado, por si mesmo, ainda que todo o resto do mundo ame restrições e proibições, que, em si mesmas, são males – como o vício e o crime – a serem odiados e detestados sob quaisquer circunstâncias e em todos os tempos.” The Economist, em 1848.
Tendo em vista o contexto histórico da época no início da industrializaçã, tal formulação favorecia particularmente os interesses:

a) do comércio internacional, mas não do inglês.
b) da agricultura inglesa e da estrangeira.
c) da indústria inglesa, mas não da estrangeira.
d) dos produtores de todos os países.

Na metade do século XIX a Inglaterra era, efetivamente, o único país industrializado e em condições de desenvolver um comércio em nível mundial, adotando a discurso liberal, como forma de ampliar os mercados para seus produtos.
15. FUVEST - Este livro não pretende ser um libelo nem uma confissão, e menos ainda uma aventura, pois a morte não é uma aventura para aqueles que se deparam face a face com ela. Apenas procura mostrar o que foi uma geração de homens que, mesmo tendo escapado às granadas, foram destruídos pela guerra.
Erich Maria Remarque, Nada de novo no front. São Paulo: Abril, 1974 [1929], p.9.
Publicado originalmente em 1929, logo transformado em best seller mundial, o livro de Remarque é, em boa parte, autobiográfico, já que seu autor foi combatente do exército alemão na Primeira Guerra Mundial, ocorrida entre 1914 e 1918. Discuta a ideia transmitida por “uma geração de homens que, mesmo tendo escapado às granadas, foram destruídos pela guerra”, considerando, responda: Quais as formas tradicionais de realização de guerras internacionais, vigentes até 1914 e, a partir daí, modificadas.
R. Antes da Primeira Guerra Mundial as batalhas eram caracterizadas por “guerras de movimento”, com o deslocamento de grande contingente humano, com armas pessoais e enfrentamentos “corpo-a-corpo” nos quais os indivíduos eram decisivos. Com o avanço da tecnologia bélica durante a Primeira Guerra Mundial, houve grande modificação nos conflitos, com a percepção de que as armas de destruição em massa é que determinavam as possibilidades de vitória, com a destruição da infra-estrutura inimiga e não necessariamente com a eliminação do exército adversário.

16. FUVEST - Este livro não pretende ser um libelo nem uma confissão, e menos ainda uma aventura, pois a morte não é uma aventura para aqueles que se deparam face a face com ela. Apenas procura mostrar o que foi uma geração de homens que, mesmo tendo escapado às granadas, foram destruídos pela guerra.
Erich Maria Remarque, Nada de novo no front. São Paulo: Abril, 1974 [1929], p.9.
Publicado originalmente em 1929, logo transformado em best seller mundial, o livro de Remarque é, em boa parte, autobiográfico, já que seu autor foi combatente do exército alemão na Primeira Guerra Mundial, ocorrida entre 1914 e 1918. Discuta a ideia transmitida por “uma geração de homens que, mesmo tendo escapado às granadas, foram destruídos pela guerra”, considerando explique:
Qual a relação da guerra com a economia mundial, entre as últimas décadas do século XIX e as primeiras do século XX.
R. A Primeira Guerra Mundial foi um conflito que tem forte relação ao momento vivido pelo capitalismo do final do século XIX e início do XX, pois um dos principais motivos geradores do conflito foi a disputa imperialista entre as nações européias, envolvidas no neocolonialismo com o objetivo de explorarem matéria-prima, mão-de-obra barata e garantir mercado consumidor, instalando suas indústrias e ampliando o poderio econômico. Portanto foi a expansão do capitalismo em sua fase imperialista, com intensa disputava por territórios na África e Ásia que deu origem à Grande Guerra.
 17. UNICAMP - No século XIX, surgiu um novo modo de explicar as diferenças entre os povos: o racismo. No entanto, os argumentos raciais encontravam muitas dificuldades: se os arianos originaram tanto os povos da Índia quanto os da Europa, o que poderia justificar o domínio dos ingleses sobre a Índia, ou a sua superioridade em relação aos indianos? A única resposta possível parecia ser a miscigenação. Em algum momento de sua história, os arianos da Índia teriam se enfraquecido ao se misturarem às raças aborígenes consideradas inferiores. Mas ninguém podia explicar realmente por que essa ideia não foi aplicada nos dois sentidos, ou seja, por que os arianos da Índia não aperfeiçoaram aquelas raças em vez de se enfraquecerem.
(Adaptado de Anthony Pagden, Povos e Impérios. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002, p. 188-194.)

O que foi o imperialismo?
R. O imperialismo foi a forma adotada pelo capitalismo a partir do final do século XIX, caracterizado pelo predomínio do capitalismo monopolista e do processo de dominação das potências industriais sobre áreas não integradas, que passaram a ser dominadas economicamente, militarmente e culturalmente, principalmente com a ação de potências europeias, mas também do Japão e Estados Unidos, com o objetivo de obter mercados para os excedentes de produção, capiatais e populacional, assim como para a obtenção de matérias-primas industrais.
18. (FUVEST) -            A biologia era essencial para uma ideologia burguesa teoricamente igualitária, pois deslocava a culpa das desigualdades humanas da sociedade para a natureza. As vinculações entre biologia e ideologia são evidentes no intercâmbio entre eugenia e genética. A eugenia era essencialmente um movimento político, que acreditava que as condições do homem e da sociedade só poderiam melhorar através do incentivo à reprodução de tipos humanos valorizados e da eliminação dos indesejáveis. A eugenia só passou a ser considerada científica após 1900, com o surgimento da genética, que parecia sugerir que o cruzamento seletivo dos seres humanos segundo o processo mendeliano era possível.
(Adaptado de Eric Hobsbawn. A Era dos Impérios: 1875-1914. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992, p. 351-353)

a)     Quais as implicações políticas do desenvolvimento da genética, no início do século XX?
R. O desenvolvimento da genética no início do século XX inspirou o surgimento de teorias que tentavam explicar a origem das desigualdades sociais com bases pretensiosamente científicas (o que chamamos de eugenia), estabelecendo um nível de “superioridade” e de “inferioridade” entre seres humanos. Podemos apontar que a Alemanha Nazista levou essas políticas eugênicas ao extremo, o que teria causado o holocausto e o ódio racial entre grupos étnicos distintos. A eugenia foi praticada também com alemães que possuíam deficiências físicas ou mentais, através do extermínio, e da esterilização
 b)     Relacione a ciência do final do século XIX e a política externa européia do período.
R. Diante da industrialização de vários países europeus, as grandes potências mundiais passam a concorrer por fontes de matérias-primas, fontes de energia e mercados consumidores. Essa crise foi superada com uma nova empreitada colonialista sobre os continentes africano e asiático. Entretanto, tal investida foi justificada por teorias inspiradas no chamado “darwinismo social”, que defendiam a “superioridade” dos europeus em relação a esses povos e pregava uma “missão civilizadora" ao homem branco, que era justamente expandir sua cultura para os essas regiões supostamente atrasadas._______________________________________________________________________
Postagem em 06/09
Gabarito

Pag. 12
1. A Inglaterra tornou-se modelo da nova economia industrial,  enquanto a França foi o grande exemplo de um governo liberal. O evento relativo à Inglaterra foi a Revolução Industrial, e o referente a França, a Revolução Francesa.

2. Trata-se da América, cujas regiões romperam com os laços coloniais tradicionais, na chamada CRISE DO SISTEMA COLONIAL.

3. Os princípios franceses de 1789 , consolidados na Constituição de 1791 representam os interesses da burguesia em ROMPER COM O FEUDALISMO, adotando uma política e uma economia liberal, mas SEM PERMITIR GRANDES AVANÇOS POPULARES E DEMOCRÁTICOS. Os princípios de 1793 correspondem aos do governo jacobino que BUSCOU APROFUNDAR AS CONQUISTAS DA REVOLUÇÃO EM TERMOS DE PARTICIPAÇÃO POPULAR POR MEIO DO SUFRÁGIO UNIVERSAL, ou seja, do voto para todos.

Pag. 13
2. ( 6, 7, 4, 3, 1, 2, 5)

3.  (F) – As revoluções burguesas representam a tomada do poder do estado pela burguesia. (V) , (V), (F), (V).

Pag. 14
1.  (b)

2. 
a) A ruptura com os símbolos e padrões ingleses e a afirmação de um sentimento nacionalista representado pela águia, bem como A VALORIZAÇÃO DOS IDEAIS ILUMINISTAS representados pelas estrelas e pela mulher simbolizando a liberdade.

b) Aumento da carga tributária imposta aos colonos pela Inglaterra após a Guerra dos Sete Anos, e a conseqüente reação deles, que se recusaram a pagar tributos que não reconheciam por NÃO TEREM REPRESENTAÇÃO NO PARLAMENTO.

3.
a) No século XVII, a Inglaterra vivia o processo de cercamentos, gerando o êxodo rural e grandes dificuldades sociais. Além disso, ocorreram  choques entre o rei e a burguesia, entre  a religião oficial e as seitas.

b) Interferência inglesa na colônia com a taxação de diversos produtos.

Pag. 15
4. d / 5. b / 6. b / 7. a / 8. a / 9 d/

Pag. 16
10. (23 = 01+02+04+16)

11. b

12. a) Primeiro estado (clero) , segundo estado ( nobreza) e terceiro estado (grupo que compreendia BURGUESIA, PROLETÁRIOS E CAMPONESES).

b) Os privilégios de classe do clero e da nobreza (particularmente a isenção de tributos), a desigualdade, o luxo e a ostentação da nobreza em contraste com a miséria do povo.

c) Considera-se a burguesia como  A CLASSE QUE LIDEROU A REVOLUÇÃO FRANCESA. As transformações do período radical da revolução foram a instituição do sufrágio universal masculino, a abolição dos direitos feudais, a DISTRIBUIÇÃO DE TERRAS AOS COMPONESES, A ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO NAS COLÔNIAS E A IMPLANTAÇÃO DO ENSINO OBRIGATÓRIO GRATUITO.

Pag. 21
Leitura Complementar
R. Essa afirmação do historiador Eric Hobsbawn refere-se  ao governo de Napoleão, voltado a atender aos interesses da burguesia, mas sem maiores concessões ao conjunto da população em especial à classe trabalhadora.

Pag. 22
2.
a) Trata-se do golpe que levou Napoleão ao poder, pondo fim ao período do diretório e iniciando o consulado. Deve-se notar que essas formas de governo representaram a continuidade de uma organização republicana de poder.

b) Liberdade de imprensa e liberdade religiosa. O CÓDIGO FOI UM CONJUNTO DE LEIS QUE DETERMINAVA OS DIREITOS DA POPULAÇÃO CIVIL.

c) Não era interesse da burguesia CONCEDER BENEFÍCIOS QUE ACARRETASSEM AUMENTO NO CUSTO DA MÃO DE OBRA DOS TRABALHADORES. Proibição de greves e funcionamento dos sindicatos foi determinação que dizia respeito aos trabalhadores.

d) Bloqueio Continental - Proibição dos países do continente europeu de manter relações comerciais com a Inglaterra, pretendendo dessa forma, sufocar a economia inglesa. O bloqueio  contra a Inglaterra tinha como objetivo submetê-la à autoridade de Napoleão, que não conseguia derrotá-la militarmente. Teve enorme importância para o Brasil, por que decidiu a vinda da família real de Portugal para cá.

e) A população francesa estava esgotada pela crise econômica persistente e pela violência do processo revolucionário.

Pag. 23

3. A Inglaterra via na França dominada pela burguesia uma concorrente potencial ao seu domínio econômico, e os países absolutistas viam nas conquistas da revolução, uma ameaça a seu sistema de governo, uma vez que a revolução acabou com o absolutismo na França.
b) ______

c) Liberais: Inglaterra, Holanda. Absolutistas: Áustria, Prússia, Espanha, Rússia.

d) Os liberais queriam impedir a transformação política e social da França e a possibilidade de ela se tornar potência econômica. Os absolutistas procuravam impedir o alastramento dos ideais revolucionários para seus países.

4.
a) Princípio da legitimidade, que reconduziu as casas reinantes dos países invadidos por Napoleão ao poder; Princípio da territorialidade, que estabeleceu como fronteiras entre os países os limites anteriores à Revolução Francesa.

b) Foi uma aliança militar entre os países absolutistas que procurava evitar o avanço das idéias liberais.
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Caros,

Infelizmente em consequência da ausência de energia elétrica não tivemos aula nesta quarta feira. Em razão disso, seguem informações importantes para a realização do provão.

Para a realização da prova vocês devem recordar das informações abaixo. Em caso de dúvidas, entre em contato a qualquer momento, certo?

A prova terá alternativas e charges para análises. Fiquem atentos também com o enunciado das questões.

Lembrem-se:

1. Em relação a diversidade cultural: é a cultura que integra a formação de uma população é composta por costumes, crenças, valores, normas e símbolos, que dentro de uma única região pode ser apresentada de diversas formas.

2. Em relação a cultura e socialização: as primeiras noções de grupo ocorrem no corpo familiar, sendo esta a responsável pela socialização primária dos indivíduos. É com base na convivência familiar que nos aproximamos dos padrões da sociedade vigente, assim como nos estrutura para a vida social.

3. Sobre aculturação e tolerância: o processo de aculturação que muitos povos passaram ou ainda passam sobre a influência de uma cultura dominante. Sobre diversidade cultural e sua importância para os seres humanos, pode-se afirmar que: devemos ser tolerantes e isso não significa submeter-se ao outro, mas sim compreender a postura alheia e expressar a opinião própria sem condenar a outro. É promover um diálogo constante entre as diferenças, respeitando a cultura e transformando-a sem agredi-la.

Abraço à todos.

Robson - F. 8626 7007


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Postado em 08/05.

Caros, a idéia é agilizarmos o seguimento de nossas atividades. Na próxima aula concluiremos as explicações e as devidas correções sobre este assunto. Qualquer dúvida, entrem em contato comigo. Abraço.

Gabarito – Brasil Império I

Pag. 22 - Questão 6 (CONFORME JÁ TRATAMOS EM AULA)

a) Nomear senadores, juízes e presidente de províncias. Escolher o ministério e os membros do Conselho de Estado.

b) A afirmação refere-se ao fato de o Brasil possuir uma constituição que, contraditoriamente, previa enorme concentração de poderes no imperador, o qual podia inclusive intervir nos outros poderes.

c) Significa que a constituição foi imposta pelo imperador ao pais e não elaborada por uma assembléia constituinte.


Pag. 24

a) Confederação do Equador

b) Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte

c) Tratou-se de um movimento separatista, republicano e liberal, contrário a política centralizadora de D. Pedro. O texto demonstra claramente a influência do iluminismo na expressão “luzes do século” e do modelo republicano americano, citado explicitamente.

 2 –

a) Queria manter o território uruguaio sob seu domínio para ter livre acesso ao Rio da Prata.

b) Estava interessada em anexar o território para formar uma grande nação platina na região sob o controle de Buenos Aires.

c) Não desejava a formação de um país forte na região e pretendia garantir seus interesses comerciais na região.

d) Os nacionalista uruguaios que oscilavam entre duas posições: a união com a Argentina e a independência total.

3 –

Evento 1 – Constituição de 1824

Evento 2 – Confederação do Equador – 1824

Evento 3 – questão sucessória em Portugal - 1826

Evento 4 – assassinato de Líbero Badaró - 1826

Evento 5 – Ministério dos Marqueses – 4 de abril de 1831


Pag. 29

Questão 1 – Chama-se regencial em função do sucessor ao trono contar com apenas cinco anos de idade, e a Constituição de 184 determinava a idade mínima de 18 anos para o imperador assumir o poder. Nesse caso, um regente ficaria no seu lugar até a maioridade. (CONFORME JÁ TRATAMOS EM AULA)

Questão 2 - 1, 2 e 3


Pag. 30

Questão 4 –

a) Liberal refere-se aos políticos que defendiam maior autonomia provincial; conservador, aos políticos partidários que desejavam maior centralização do poder. (CONFORME JÁ TRATAMOS EM AULA)

b) Instituição das assembléias legislativas nas províncias.

c) Padre Diego Feijó e Araújo Lima


Pag. 31

Questão 1

a) Nas províncias não votavam estrangeiros, não naturalizados, menores de 21 anos, menores de 25 anos, exceto os que, tendo mais de 21 anos, fossem casados, bacharéis, formados e oficiais militares.

b) Um dos seguintes quesitos para ser eleitor nos colégios eleitorais: não ser liberto, não estar envolvido em “devassas” e ter renda anual superior a 200 mil réis.

Questão 2 – a

Questão 3 – a

Questão 4

a) Foi implantado com outorga da Constituição de 1824

b) Controlar os outros poderes e garantir para D. Pedro amplo domínio sobre as decisões políticas do Brasil.

Pag. 32

Questão 5 – b

Questão 6 – a

Questão 7 – c

Questão 8 – d

Questão 9 – e

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Postado em 10/04.

Caros, conforme conversamos anteriormente seguem alguns lembretes e dicas de estudo. Vale lembrar que é imprescindível a leitura de todos os textos.                          

*Vale lembrar que em relação a presença da colonização portuguesa foi fundamental a instituição do padroado régio, conforme o qual cabia aos monarcas portugueses propagar a fé católica nas terras conquistadas, apoiada pelo Santo Ofício, que enviou visitações para a Bahia e para Pernambuco. Alem disso, foi necessário enfrentar expressões religiosas que mesclavam aspectos do imaginário religioso tupi com traços das hierarquias, títulos e rituais católicos.              
                                                                                                                                                                                                                                                                                   
*Vale recordar que, de modo geral o sistema de produção na América Espanhola "NÃO" se baseou na exploração do trabalho negro escravizado e sim do índigena.

·        *  “Reler” sobre a África subsaariana e sua relação com a mão de obra escrava.

·        *  Formação das Câmaras Municipais, sua composição e seus objetivos.

·      *  Dar atenção em relação as: Entradas e bandeiras.

·        * Conselho Ultramarino e invasões holandesas nesse contexto.


·       *Tratado de Madri e a configuração do território brasileiro que foi definida em suas linhas gerais, na época do marquês de Pombal.

·        * As atividades econômicas na América espanhola.

·        * Sistema de encomienda e mita.
                                                                                                                                                                            
     *Colonização no continente africano.

·    *Carta de sesmaria, Carta de Doação e relacioná-la com a concentração de terras da atualidade.

·     *Governo Geral – vale muito à pena relê-lo, inclusive como foi sua administração. Nesse sentido recordemos brevemente: Além de ter sido criado em 1548 para aumentar o controle de Portugal sobre o Brasil eles foram responsáveis por expandir e consolidar a colonização portuguesa no Brasil. 

Lembretes: (vale muito ler todos os texto do período colonial, referente aos séculos XVI, XVII e XVIII, bem como período pré-colonial)

·     *Portugal não se interessa pela efetiva colonização do Brasil em função de este não atender aos seus interesses mercantilistas (metais e comércio). Durante esse período, Portugal limitou-se a enviar para o Brasil expedições de reconhecimento e de defesa e iniciou a extração do paubrasil.

·      *A sociedade do açúcar era formada por dois grupos sociais básicos: os senhores de engenhos e os escravos. Era uma sociedade patriarcal (em que se valorizava o homem e marginalizava a mulher), rural, estamental (rígida, sem mobilidade social, marcada pelo nascimento) e escravista. A base do trabalho era o negro escravizado.

·     *O ciclo minerador respondeu por boa parte da riqueza gerada no Brasil, provocando profundas mudanças na sociedade brasileira.

·      *O “Brasil dos Felipes” significou o rompimento, de fato, da linha imaginária do Tratado de Tordesilhas

Caros, hoje é domingo e passei parte considerável do dia para postar essas informações deixando inclusive de fazer outras tarefas importantes.Tentem fazer a parte de vocês, estudem! No caso de dúvidas, entrem em contato.

Abraço.

Robson.

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Os Partidos Políticos E A PARTICIPAÇÃO POPULAR
Por Robson Antinhani

O Surgimento dos Partidos Políticos e a Manifestação Popular

Se a atividade política é muito antiga e nasce praticamente com a civilização, porque os partidos políticos surgem apenas na modernidade?

Para responder esta questão, é necessário refletir um pouco sobre as condições da sociedade na Idade Média.
Nesse período a sociedade era dirigida pela igreja e pela nobreza. Nessas condições o povo não era solicitado a participar ativamente da vida política bem como, da vida cotidiana do poder.

Na situação em que o povo encontra-se distante do poder não é preciso uma instituição como partido político. As instituições surgem para solucionar problemas que são colocados pela própria sociedade, pelo próprio homem. O partido político surge quando o problema da relação entre o povo e o Estado aparece.

Com o advento da modernidade surge então esta questão da participação política do povo, ou seja, para o ideário moderno o povo é a fonte legítima do poder e o governo deve exercer o poder a favor do povo e do interesse comum.

Trata-se nesse momento de organizar o povo e de possibilitar sua manifestação, de maneira que as classes populares, o conjunto da população e os cidadãos apresentem quais são seus interesses, julguem os governantes, enfim, possam ter voz, atuar e conferir a legitimidade ao poder que está sendo exercido.

Cabe ressaltar que, a modernidade tem seu início justamente com a manifestação popular nas ruas em uma aliança entre a classe burguesa e as classes populares impulsionam as transformações radicais do mundo feudal, do mundo comandado pela aristocracia. Um exemplo importante é a tomada da Bastilha em 14 de julho de 1789 na França. Neste episódio as classes populares junto à burguesia reivindicaram ao Estado sua participação mudando assim a história da França e contribuindo para a construção da democracia.

Os partidos surgem então para preencher esta tarefa da mediação e relação entre o Estado e a sociedade, entre as classes populares e a ação governamental. Pode-se então classificar o partido como sendo uma instituição mediadora. Qual seria então a importância desta função do partido? Porque o partido deve cumprir esse papel de mediador entre diversas classes sociais e o governo?

Neste sentido, imagine, por exemplo, a situação em que as classes populares ou burguesas, o povo, os cidadãos não encontrem canais de expressão de seus descontentamentos. Ainda que as revoluções sejam importantes para a transformação das sociedades, nenhuma sociedade pode sobreviver se estiver marcada por conflitos sangrentos e revolucionários durante longos períodos ou por muitas vezes durante um determinado tempo. Desta forma, os partidos desempenham a função de estabilizar a sociedade, de canalizar as demandas populares e da oposição, de maneira que elas cheguem até os governos para que possam ser negociadas e atendidas articulando para que a paz social possa ser construída de maneira a propiciar a relação de entendimento entre os mais fortes e mais fracos, entre as maiorias e as minorias e entre a classe trabalhadora e a burguesa no caso da sociedade moderna.

Dessa forma, o partido, a instituição partidária confere legitimidade a ação do poder, ou seja, a medida que os governantes sejam eleitos através dos partidos e os partidos fiscalizem  as ações dos governantes, partidos estes formados por cidadãos que expressam seus interesses, fica mais difícil que hajam rupturas favorecendo o contrato social e o entendimento entre as diversas classes de maneira que os interesses sejam viabilizados. 

Com isso, se constrói a estabilidade e o desenvolvimento no campo social, político e econômico. Este é o ideário, o papel do partido na modernidade.

Os partidos cumprem então uma importante função nas sociedades democráticas, pois possibilitam o conflito de interesses e entre grupos sociais o que é saudável para a sociedade democrática. A democracia não é um sistema sem conflitos, sem divergências, e sim um sistema que pretende substituir os conflitos bélicos pelos conflitos ideológicos, argumentativos e de interesse.  Os partidos disputando a maioria nos processos eleitorais e democráticos possibilita a construção da vontade coletiva e da vontade geral.

Não por acaso, sociedades autoritárias, sociedades totalitárias, são caracterizadas pela inexistência de partidos, ou até mesmo pela existência de um partido único, que neste último caso serve apenas para o controle da população. O ocidente formulou até os dias atuais, (basta observar os últimos conflitos ocorridos no Egito, Líbia, Bahrein, países da África, entre outros) críticas severas ao leste europeu justamente pela formação de sociedades formadas por partido único e ou pela ausência ou reconhecimento dos partidos que representem as minorias. Ao invés disso, temos a formação de facções fundamentalistas radicais, grupos terroristas e conflitos entre diversos grupos étnicos e religiosos com ausência da pluralidade democrática.

Neste sentido, no Brasil pode-se recordar da ditadura militar através do Ato Institucional número 2 que entrou em vigor em 27/10/1965 que dissolveu todos os partidos políticos existentes e posteriormente foram definidas as regras para a reorganização dos partidos no Brasil. Tais regras permitiram que apenas dois partidos fossem formados. Formou-se então, a Arena (Aliança Renovadora Nacional) que era o partido de sustentação do governo e MDB ( Movimento Democrático Brasileiro) que seria a oposição.

Ambos os partidos anteriormente mencionados existiram até 1979 quando o próprio governo declarou a extinção dos dois partidos e voltou instituir o multipartidarismo com o intuito de dividir a oposição para enfraquecê-la.

A partir desta evidência nota-se que, mesmo com a existência de dois partidos não se pode caracterizar uma sociedade democrática, pois a pluralidade e a diversidade não podem existir e nem se manifestar o que acaba por bloquear diversas outras contestações. Este é um contexto que caracteriza uma sociedade autoritária.

Avaliar então as funções dos partidos e se eles cumprem suas funções democráticas solicita analisar o contexto histórico.

No início da modernidade apesar do ideário iluminista de liberdade e de igualdade as coisas começaram de forma tímida, ou seja, a participação política, a participação do povo e as liberdades democráticas não foram introduzidas de imediato na superação da sociedade feudal e no início da sociedade moderna.

Ao longo do século XVIII e século XIX pode-se observar que determinados critérios eram adotados para selecionar àqueles que poderiam participar das atividades políticas, tais como, a posse de bens, o pertencimento ao sexo masculina e local de nascimento indicava quem poderia ou não participar politicamente. Sendo assim, grupos importantes da sociedade eram excluídos como, por exemplo, os trabalhadores, as mulheres e os estrangeiros, ou seja, uma larga parcela da sociedade podia participar.

Quem participava efetivamente do processo político era a burguesia ascendente e a aristocracia que estava se despedindo da sua posição de destaque no cenário histórico e político.

Para tanto, mesmo estes grupos que possuíam o privilégio de participar sofriam determinadas restrições na participação política, pois o ideário político vigente neste período era o liberalismo e o liberalismo contém a participação política em favor de uma atuação restrita a uma elite que é considerada competente e capaz.

O modelo político que o liberalismo encontra para organizar este sistema neste momento é a Democracia Representativa Parlamentar. Esta fórmula consegue dar conta de atender a esta tensão liberal que é de um lado possibilitar ao indivíduo uma segurança contra o poder do Estado e garantir a lei protetora das liberdades individuais e ao mesmo tempo evitar que as classes populares reivindiquem uma participação mais direta na vida política.

Nesse sentido o liberalismo reconhece a importância de que o poder legitime a partir da vontade do cidadão, mas ao mesmo tempo não considera importante que haja uma igualdade entre o representante e o representado de maneira que neste tipo de democracia o representante encontra-se acima do representado desempenhando um papel de maior destaque na esfera política. A elite política aqui não deve ser tratada como de maior poder econômico, mas sim de maior conhecimento e capacidade de articulação política.

Respeitando então o princípio liberal de que deve haver uma distância entre o povo e a política e seus representantes este modelo entende que os parlamentares tenham uma autonomia no exercício de seu mandato.

Estes tipos de partidos tiveram sua presença no século XVIII até o final do século XIX enquanto a política esteve restringida a atividade de alguns grupos da sociedade.

O Partido de Massas

No início do século XX ocorre uma mudança significativa no universo político, pois os trabalhadores adentram ao cenário do poder e trazem consigo a experiência do movimento sindical, das associações de trabalhadores, enfim, a experiência da organização popular. Neste sentido ocorre que, uma grande massa de pessoas que reivindicam a participação, a expressão de idéias, o debate e a influência no poder político. Aliás, os partidos de massa nascem inclusive com um viés revolucionário com a idéia de organizar a população para que ela possa chegar ao poder e transformar a sociedade.

O partido de massa se ocupa de uma atividade contínua. Este partido se preocupa em formar, tendo um papel pedagógico de conscientizar as classes em relação a uma ideologia, diferentemente dos partidos tipicamente liberais.

Essa ação contínua do partido exige que ele se institucionalize exercendo inclusive um controle rígido em relação ao parlamentar de sua equipe mesmo após ele ter sido eleito.  Significa então que este parlamentar deve prestar conta das suas ações ao partido, bem como, demonstrar que suas ideologias estão em coerência com as do partido e com o programa do partido.

O partido de massas exerceu ao longo do século XX um papel fundamental na integração da população, dos cidadãos, das classes trabalhadores a sociedade política. Integração esta que contribui para formar sociedades mais equilibradas, estáveis e também para conquistas de direitos políticos e sociais.

Este partido por tanto contribuiu não somente para a identidade ideológica ligada a ele, mas até mesmo para a formação da identidade nacional. Estes partidos então contribuem para o debate, para a diversificação de idéias e para a constituição de um espaço político mais democrático e saudável. Não por acaso, sociedades totalitárias e autoritárias combateram o partido de massas estabelecendo partidos (Partido Comunista da China/Partido dos Trabalhadores da Coréia/ Partido Comunista Cubano) vinculados ao interesse do governante e do Estado.

Os partidos na atualidade

No Brasil, ainda que tardiamente, a partir da década de 70 com a entrada dos trabalhadores no processo político e com as conquistas de direitos sociais e políticos e até mesmo direitos econômicos a situação modificou bastante. Ao longo do século XX e XXI as classes trabalhadoras passaram a pertencer em parte à classe média. O seu ímpeto de reivindicação e transformação da sociedade foi então amenizado.

O exposto acima possui um sentido lógico, pois no momento em que você se torna parceiro da gestão fazendo parte da construção da sociedade você não possui mais interesses a serem reivindicados diminuindo assim, a perspectiva de uma transformação mais radical tornando-o inclusive mais conservador.

Neste sentido, o que ocorre de certa forma é a despolitização das massas. Neste momento o partido de massas entra em declínio. No lugar dele o que passa a existir é o partido de massas voltado para as eleições com outras características. Desta forma ele encontra-se mais distante da população com menor preocupação em organizá-la e em construir uma conscientização, exercendo então um papel mais eleitoral. Este processo é onde o partido dos trabalhadores se torna mais conformado com as situações em função das conquistas que obtiveram e por outro lado os partidos liberais e ou ligados a burguesia tendem a construir máquinas eleitorais para concorrer com os antigos partidos de massa.

Dessa forma, esse partido eleitoral não terá preocupação da educação popular das classes e nem de uma identidade nacional, mas estará focado muito mais no processo eleitoral e para isso irá desenvolver técnicas de competição eleitoral, investirá nos meios de comunicação e novamente buscará resgatar a idéia da construção da imagem da personalidade de confiança de seus candidatos.

Significa então que os debates ideológicos assumem o segundo plano, bem como os programas partidários e a competição estará muito mais associada com a capacidade que o candidato possui ou a imagem que ele transmitirá aos eleitores, conforme pode-se observar em eleição anterior.

A crise da democracia representativa

O vigor desse partido eleitoral de massa e sua presença nos dias atuais são lidos por alguns cientistas políticos e sociais como a exemplificação da crise da democracia representativa. 

O que ocorre nesta crise é que há o distanciamento da população e dos cidadãos em relação ao mundo político e aos processos decisórios.

Neste sentido, as discussões de programas e ideológicas ficam em segundo plano e cada vez mais em função desse distanciamento torna-se difícil fiscalizar o mundo político.

Cabe lembrar que, grupos mais organizados e de oposição exercem seu poder sobre os parlamentares e sobre os políticos de um modo geral. Neste contexto os partidos acabam se restringindo a uma competição técnica e comunicativa. A disputa política não é mais entre a ideologia A, B ou C, mas entre o melhor marqueteiro do partido A, do partido B ou do partido C. Com isso há o declínio do processo político e da democracia e restringe-se a capacidade de ampliação de direitos.

Nesta situação os candidatos tornam-se expressivas personalidades e os partidos se transformam apenas em suporte destes políticos. Não é a toa que hoje em dia muitas pessoas identificam os partidos pelos candidatos e não por sua ideologia.

Estamos vivendo de fato uma crise profunda da democracia, do processo político e da participação? Uma crise caracterizada pela apatia das massas em relação à participação política? Ou este é apenas mais um momento do processo histórico e político?

Dica de estudo: “As metamorfoses do Governo Representativo”, Bernard Manin, Revista Brasileira de Ciências Sociais n. 29


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Orientação para estudo 

Disponibilizada em: 01/03

Disciplina: História
Professor: Robson Antinhani


• Atividades preparatórias para a avaliação mensal.


1. Tendo em vista a diversidade cultural encontrada pelos europeus em terras americanas de que maneira eles reagiram? Em sua opinião, o contato entre espanhóis e americanos provocou encontro de culturas, aculturação ou genocídio? Por quê?

2. O que foi o pacto colonial?

3. Analise algumas conseqüências do mercantilismo.

4. Como era a relação entre Estado e economia de mercantilismo?

5. Qual o posicionamento da Igreja nas colônias espanholas em relação à escravidão? Quais as divergências entre os comerciantes e colonizadores com as questões religiosas? Qual foi a solução encontrada pela coroa espanhola para resolver esta questão?

6. A Igreja Católica atuou para a conversão das sociedades americanas desde o inicio da colonização pelos europeus. O que pretendia a igreja na maioria das colônias com estas conversões? Para responder esta pergunta, leve em consideração às questões políticas, econômicas e culturais.

7. Quais as formas de colonização ocorridas na América? Por quais razões elas ocorreram de formas distintas?

8. Quais eram as principais características das colônias de povoamento na América? Informe quem eram os colonizadores e suas respectivas colônias.

9. Quais eram as principais características das colônias de exploração na América? Informe quem eram os colonizadores e suas respectivas colônias.

10. Após vários tipos de resistência, os espanhóis conseguiram impor à maioria dos povos pré-colombianos sua língua, seus hábitos, sua religião. Esses europeus desestruturaram as formas de relação social e cultural preexistentes. Além disso, desfizeram o sistema econômico dos nativos baseado na propriedade coletiva de terra, na organização do trabalho pelo Estado e na produção do consumo interno. Como passou a serem organizadas estas civilizações a partir deste processo colonizador?





Disponibilizado e Publicado em 18/02/2011

Projeto Interdisciplinar - 2 E.M

Professor Robson Antinhani - Sociologia

Artigos:

O drama da população civil pag. 11 e 12

Estados em colapso pag: 22

A guerra globalizada pag: 24

O combate ao terror global – A Alqaeda pag: 35 - 38

Conflitos Africanos – O genocídio em Ruanda; Congo: no coração das trevas pag: 72 - 78

Separatismos europeus: Conflitos no antigo espaço soviético pag: 99 – 101.

Atividades: Pesquisar e analisar as diferentes concepções de conflitos do mundo Pós Guerra Fria, bem como abordar seus nexos-causais apontando possíveis alternativas para amenizar suas causas e efeitos.

Questões:

1. Ao término da guerra fria e o início de uma nova ordem mundial emergindo este cenário de novos conflitos, com base nos artigos lidos e pesquisas realizadas, o que diferencia as guerras do passado denominadas clássicas com as guerras atuais no que diz respeito aos aspectos políticos, econômicos e sociais?

2. Interesses de caráter político que visam derrubar o governo, material cuja pretensão é controlar o aparelho do Estado (ocorridos, por exemplo, em alguns países da África) e de caráter religioso estimulados por grupos fundamentalistas como, por exemplo, a Al-Qaeda, causam a pulverização de mini-holocaustos onde o exército de crianças são presentes e nos faz repensar as formas como lidamos com as diferenças. De que maneira você busca compreender a alteridade, o direito do outro ser diferente para que não haja a expansão desses mini- holocaustos transformando nosso mundo em um lugar onde há banalização do mal? E qual o papel do Estado e dos civis para que seja garantido o direito a vida e o exercício da cidadania?

3. O Tratado de não ploriferação de armas nucleares assinado pelos EUA, Rússia, China, Índia, França e Inglaterra em 1970 preserva o domínio de seus arsenais a estes países o que incidem atualmente em relações conflituosas com o Irã e inclusive, o Brasil. Neste sentido, o que leva estes países afirmarem nos dias atuais o mesmo posicionamento político da época bem como a detenção de sua tecnologia militar na produção de armas nucleares? Seria uma questão de preservação da vida e segurança mundial? Analise esta questão levando em consideração que pesquisas apontam maior índice de mortalidade em tempos atuais onde os conflitos em sua maioria ocorrem no interior dos estados e a morte por armas leves resulta em 90% dos civis em zonas de conflitos.

Caro aluno, para cada questão analisada você deverá desenvolver um texto crítico contento no mínimo 20 linhas.

As análises deverão ser entregues digitadas e seguidas por cada questão. A fonte deverá ser arial tamanho 12.

Para enriquecimento do Projeto sugiro a utilização e colocação de pequenos mapas das atuais zonas de conflitos junto as analises. Neste caso, sugiro o site da SIPRI - http://www.sipri.org/ ou outro de sua preferência.

Caso tenham alguma dúvida entrem em contato.

Abraço.

Robson Antinhani




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DEMOCRACIA – Texto elaborado para orientação de aulas do 2º Ano do Ensino Médio
______________________________________________________
*Por Robson Antinhani

Para que possamos entender um pouco mais sobre Democracia e alguns de seus conceitos, iremos tratar inicialmente de algumas das distintas concepções sobre a relação entre cidadão e Estado bem como, poder do povo e suas possíveis representações para a constituição de uma sociedade democrática.

A princípio trataremos a idéia de “massas” como não sendo um conjunto de cidadãos cientes dos seus direitos, cientes das suas responsabilidades e que pressionam o governo para o bom andamento da sociedade. A massa neste contexto é geralmente desinformada, tem baixo nível de educação e possui dificuldades em perceber o jogo político.

Os governos autoritários e/ou totalitários se aproveitam desses elementos para exercer um poder direto sobre a massa e sobre o restante da sociedade. Muitas vezes esses governos ditos populistas aparecem como o “Pai do Povo” e são queridos pela população, no entanto, normalmente não realizam um governo de direitos e de cidadania, não exercem um governo democrático, ainda que queiram ser reconhecidos como tais.

Vale lembrar que, governos com características autoritárias e/ou totalitárias que estabelecem relação direta com a massa popular sobrepondo-se às instituições políticas de dada sociedade/Estado em busca pelo referendo da sua ação, não podem ser considerados governos democráticos.

Na história recente do Brasil, tivemos o exemplo de Getúlio Vargas (1882-1954), um estadista com grande habilidade em se relacionar diretamente com as massas, de estabelecer um diálogo com o povo e tentar esclarecer seus princípios democráticos como sendo de “bem feitor da sociedade”. Ainda hoje muitas pessoas têm a impressão de Getúlio Vargas como um bom estadista, como o “Pai dos Pobres” – Trata-se, no entanto, de um Populismo autoritário, de perseguição aos inimigos, passando a impressão de um governo democrático.

Podemos também, em um segundo momento, afirmar que é democrática aquela sociedade onde o povo governa. Entende-se aqui o povo como sendo todo mundo. No entanto, se entendermos dessa maneira uma sociedade democrática onde todos governam, nós cometeremos um erro muito grave e não teremos exemplos históricos de uma sociedade democrática. Toda democracia sempre estabelece critérios, sempre estabelece regras de participação nos meios democráticos. Significa então que sempre alguns estão excluídos. Então dizer que o “Povo” são todos, não serve para estabelecer um ponto de partida para a sociedade democrática.

Sendo assim, uma sociedade que se pauta na democracia, não é aquela não exclui ninguém do jogo político, mas aquela que deixa claro quais são as regras para determinar quem participa e quem não participa. São regras lógicas e aceitas pela maioria.

Podemos imaginar também que povo pode ser entendido como os pobres, os trabalhadores e a democracia seria então o governo dos pobres, o governo dos trabalhadores. No entanto, este sentido também é um sentido complicado, pois, se entendermos que democracia é o governo dos pobres, é o governo dos trabalhadores, é o governo dos sem posse, nós estamos afirmando que aqueles que não são trabalhadores, aqueles que não são sem posse, ou seja, os proprietários não podem participar do jogo político.

Nesse sentido estaríamos aceitando a argumentação de Aristóteles sobre o risco da democracia se degenerar em uma forma de governo onde os pobres rivalizariam com os ricos, de maneira que, os não proprietários imporiam sua vontade sobre os proprietários e dessa forma, o governo não seria o governo da maioria, o governo de todos, da busca pelo interesse comum, mas seria o governo que levaria a existência de um conflito generalizado. Sendo assim, esta idéia de povo também não serve para caracterizarmos a democracia.

Enfim, podemos pensar que povo é aquele grupo que forma o corpo político, o grupo de cidadãos que participa e que disputa de “forma saudável” as idéias e que constroem os caminhos da nação, sem deixarmos de considerar as críticas dos liberais quanto à esta afirmação.

Ainda nesta direção, podemos perceber o quanto é delicado falarmos de democracia e defini-la e até o presente momento apenas discutimos a acepção do sentido que o povo pode ter na sua relação com a democracia.

Percebemos então ao menos duas posições contrapostas em relação ao que é democracia e como deve ser democracia. De um lado os liberais que enfatizam a liberdade individual e do outro aqueles que defendem uma participação maior do povo nesse corpo político. Neste segundo caso, podemos recordar de Rousseau (1712-1778).

Uma vez que é difícil definir democracia se considerarmos os valores, ou seja, para melhor compreender qual seria a melhor prática democrática convêm então deixar de lado um pouco a questão ideológica e nos fixarmos na definição formal. Quando digo aqui que iremos fixar a definição formal da democracia deixando de lado as ideologias significa que estou levando em consideração que a democracia é um procedimento político que valoriza os meios, as formas e não os fins.

Justamente em relação aos fins, aos objetivos a serem alcançados é que surge a polêmica, pois é claro que todos os que se dizem democratas, querem o bem comum, querem o desenvolvimento, almejam a possibilidade pelo alcance da felicidade por todos os cidadãos. Para tanto, em uma sociedade dividida, conflituosa e composta por múltiplos interesses fica difícil determinar o que é o bem comum o que é o interesse coletivo.

Nesse contexto, os democratas deixam um pouco de lado a questão dos fins valorizando os meios, os procedimentos aceitos coletivamente para a disputa do poder. Significa então que aqueles que se consideram democratas valorizam os procedimentos, na necessidade de esclarecer quais são as regras válidas, aceitas por todos para a disputa do poder sem que esta disputa leve a um conflito, leve a uma violência entre os disputantes.

Uma primeira regra formal da democracia que deve ser reconhecida como válida é a que estabelece relação entre as minorias e maiorias. É a regra que nos diz que as decisões tomadas em uma sociedade democrática são decisões referendadas pelo voto, pela posição da maioria. Significa que nenhum grupo minoritário pode ser tornar autoritário e ditatorial impondo a vontade a um grupo maior.

No entanto, esta regra possui uma ressalva, a maioria também não pode “esmagar” as minorias, que por sua vez tem o direito de participar do jogo político, tentar convencer um maior número de pessoas e possivelmente vir a ser a maioria.

Em uma sociedade democrática pode-se supor que todos são iguais perante a lei, e todos possuem o direito de participar em igualdade de condições.

Tratando-se do povo como fonte do poder podemos verificar uma separação entre o povo e governo. Um caso recente em nossa história é o caso do impeachment de Collor que não desempenhando bem o seu papel como governante do povo foi impulsionado a deixar o governo. A concepção da soberania popular também é importante, pois nos mostra que as regras, as leis para funcionarem devem ter uma relação com a tradição, com os costumes que vem do povo.

Os teóricos da soberania popular na Idade Média já haviam percebido isso. As leis deveriam ter uma relação com a tradição popular, chamando atenção para o caso dos governos não democráticos que por sua vez não perpetuariam no poder se não tivessem uma relação estreita com o povo no momento de pensar e editar as suas leis.

A este respeito, podemos observar o que está escrito em nossa Constituição no art. 1, parágrafo único: “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.

Nossa sociedade almeja a democracia, por isso logo na abertura da Constituição vemos estabelecido este princípio de que o poder emana do povo.

Por fim, podemos perceber o quanto é delicado estabelecer qual sociedade é democrática e porque uma sociedade não pode ser considerada democrática. Está inserida neste contexto a concepção de povo com suas diferentes acepções e envolve a idéia do que é democracia e do que é bem comum. No entanto é possível estabelecer alguns critérios formais para afirmarmos minimamente quais sociedades atendem a estes princípios de democracia.

 

*Professor de Sociologia e História, pesquisador e orientador de grupo de estudos da ESP

Questão para próxima aula: Remetendo-nos ao contexto histórico do Brasil (no caso de você considerar nosso país democrático) a partir de que momento nosso país passou a ser considerado democrático? Argumente sua resposta.

No caso de você considerar nosso país em dias atuais ausente do regime democrático, argumente sua resposta.





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Bibliografia Complementar

MARTINS, C B. O que e Sociologia. SP: Editora Brasiliense, 1991, 27 ª edição.